Esta foi a minha estreia com a autora Philippa Gregory em 2015, embora só agora partilhe convosco a minha opinião. Há algum tempo que este livro andava pela minha estante mas não andava no estado de espírito ideal para livros históricos.
Acabei por me apaixonar por esta romantização da história de Catarina de Aragão, Princesa de Espanha e Gales e anos mais tarde, Rainha de Inglaterra. Desde o primeiro casamento com Artur, Philippa Gregory apresenta-nos uma história de amor jovem que leva o leitor a torcer por eles, embora não possamos alterar o rumo da história.
Seguem-se anos de humilhação e espera por parte de Catarina, abandonada numa corte que não é a sua, numa espera que parece não ter fim e com provações que pareciam apenas servir para a quebrar.
Já tinha visto a série televisiva sobre os Tudors e este livro veio trazer-me uma ideia totalmente diferente desta personagem história. Ficção ou não, a autora consegue nos levar até à época retratada e criar um enredo que nos faz não querer parar de ler.
Creio que os aspectos mais negativos que tenho a referir nesta minha leitura foi a inconsistência em alguns momentos retratados. Se por um lado algumas das fases da sua vida são contadas em demasiado pormenor (páginas e páginas sobre acções que poderiam ser apresentadas mais sucintamente) outras são meio que ignoradas ou avançamos rapidamente sobre elas como se não tivessem muita importância.
O livro leva-nos nas últimas páginas ao julgamento da Rainha Catarina, sempre de cabeça erguida, mas com imensa pena minha a acção termina na mesma altura. Gostaria que a autora nos tivesse mostrado tudo o que havia a contar sobre Catarina de Aragão.
No geral é um bom romance, por vezes um pouco cansativo, mas que nos dá um retrato de uma Catarina que desde criança, como Princesa de Espanha e Gales, aprende a resiliência da mãe, e que a guarda consigo durante todas as provações da sua vida, e se lerem o livro irão ver, foram muitas.
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