sexta-feira, 3 de outubro de 2014

[Opinião] Debbie Macomber - A Estalagem de Rose Harbor

Mais informações no site da editora.

Se me perguntarem porque escolhi ler este livro, não sei o que responder. Tinha acabado uma leitura que me tinha decepcionado e decidi procurar algo leve que tivesse cá ‘perdido’ pelas prateleiras. Agarrei neste livro da Debbie Macomber, publicado pela Editorial Presença, e que já estava há imenso tempo à espera que eu o lesse. Parti para esta leitura sem grandes expectativas e devo dizer que acabou por se tornar uma agradável surpresa.

Entrelaçando três diferentes histórias, de três diferentes personagens, no decorrer das suas páginas, começamos por conhecer Jo Marie Rose. Recentemente viúva, após ter perdido o marido no Afeganistão, encontra-se num momento de viragem da sua vida e decide deixar a sua antiga vida para trás e partir para Cedar Cove, onde se torna a proprietária da Estalagem de Rose Harbor, em homenagem ao seu falecido marido. Algumas páginas depois são nos apresentados os seus primeiros hóspedes, Josh Weaver e Abby Kincaid.

Josh, um ex-habitante de Cedar Cove, toma a decisão de regressar à cidade que lhe traz de volta um misto de emoções para visitar o padrasto que se encontra à beira da morte. Apesar da relação complicada que ambos tiveram, especialmente após a morte da mãe de Josh, este decide ficar, reencontrando-se uma antiga amizade de liceu.

Abby, também ela habitante de Cedar Cove no passado, regressa à sua terra depois de muitos anos de ausência para assistir ao casamento do irmão. Depois de uma tragédia que a assombra até à data, Abby nunca quis regressar ao local do qual tem tão pesadas memórias e vê-se confrontada com o passado.

No geral, pode-se dizer que todos estes personagens chegam à estalagem com os seus fantasmas e com a sua pesada bagagem emocional e com o decorrer da sua estada no local vamos vendo estes personagens a enfrentá-los e a procurar uma forma de seguirem em frente com as suas vidas, pondo de lado a mágoa e todo o tipo de provações pelas quais passaram.

Analisando a totalidade da história, não posso dizer que este foi um livro que me fascinou, mas que mesmo assim não deixei de gostar devido a alguns aspectos. Apesar de alguns momentos e acontecimentos serem um pouco previsíveis, existiram alguns que considerei bastante marcantes e emotivos que me fizeram embrenhar nesta leitura. E como sou uma chorona, houve momentos que me tocaram bastante e até trouxeram algumas lágrimas a esta leitura.

Dentro dos aspectos positivos não posso deixar de referir a dinâmica entre a Jo Marie e o Mark, ri-me bastante com algumas das suas interacções pela personalidade rude que Mark aparenta querer mostrar. Josh e o seu padrasto com a sua conturbada relação cheia de mágoa e perda, comoveram-me com a sua capacidade de perdoar e esquecer, apesar de todo o conflito que existe entre ambos. E por fim Abby… Esta personagem que a princípio nada me cativou, que cheguei a considerar como a mais ‘pobre’ e desinteressante, acabou por se tornar a personagem que mais me envolveu no livro, com ela chorei rios, ri-me e apaixonei-me por esta personagem que no fundo só precisava de um passo para encontrar o seu caminho para a felicidade.

É um livro de muito fácil leitura, com capítulos alternadamente contados pela perspectiva de uma das três personagens referidas, destinado a um público mais romântico, que possa ignorar a previsibilidade de alguns momentos e emocionar-se com a doçura de outros, que guia Jo Marie, Josh e Abby pelo tumultuoso caminho que é a procura da luz quando só a escuridão nos rodeia.

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